sexta-feira, 17 de julho de 2009

Filme do dia 18/07/09


Carnaval Atlântida
Brasil, 1953
Direção: José Carlos Burle
Gênero: Comédia

Duração: 95 min. P&B

Nenhuma outra fita do gênero brincou tão explicitamente com as labaredas da carnavalização, provocando a mais expressiva vitória simbólica do popular sobre o culto, da farsa sobre o épico, do esculacho sobre o solene e, como diria o professor Xenofontes, de Dionísio sobre Apolo, já consignada numa chanchada.
Xenofontes era um professor de mitologia grega, interpretado por Oscarito. Ele aparece pela primeira vez dando uma aula sobre o filósofo grego Zenão num colégio chamado Atenas. A molecagem, portanto, já começava na escolha do filósofo. Para o estóico Zenão, a finalidade suprema da vida não era o prazer, mas a virtude e a beatitude. Filósofo menos carnavalesco que Zenão impossível. No meio da aula, uma das alunas lança uma inesperada pergunta sobre Eros, a divindade grega do amor. O ajuizado Xenfontes quase perde o rebolado. Durante o resto do filme, Momo e Eros juntam suas forças para tirar do sério não apenas o professor bem como o projeto de um épico carnavalesco sobre a guerra de Tróia, acalentado por um produtor cujas aspirações artísticas não combinam com o seu nome: Cecílio B. de Milho (Renato Restier), paródia do famoso diretor de Holywood, Cecil B. de Mille.

Nenhum comentário: