terça-feira, 28 de julho de 2009
Filme do dia 01/08/09
Brasil, 1954
Dir. Carlos Manga
Gênero: Comédia
Duração: 88 min.P&B
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Filme do dia 25/07/09
Mulheres à vista
Brasil, 1959
Dir. J.B Tanko
Gênero: Comédia
Duração: 100 min. P&B
João Flores (Zé Trindade) tenta seduzir uma viúva rica para que ela patrocine o show de um grupo de artistas que está sendo enganado por um empresário desonesto. O show não pode parar. Nesta comédia verdadeiramente hilariante, o personagem de Zé Trindade se destaca, ele encarna um vigarista teatral que manifesta sua preferência por damas de grande porte (“Sou louco por mulher avantajada. Mulher pra mim, tem que ter de 2m 80 pra cima”), o que caia em sua rede era peixe. Dava em cima de senhoras e senhoritas, casadas ou solteiras, altas ou baixas, magras ou roliças, louras ou morenas, ricas ou pobres, por desejo ou por simples interesse. O objetivo de sua cantada na viúva rica, por exemplo, era puramente comercial. Foi, por sinal, nesse filme que Zé lançou um dos seus bordões mais populares: “O negócio é perguntar pela Maria”. Era perguntando por uma hipotética Maria que ele puxava conversa com as mulheres em sua mira. Em poucos minutos, elas se rendiam à sua avalanche de cantadas .
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Filme do dia 18/07/09
Carnaval Atlântida
Brasil, 1953
Direção: José Carlos Burle
Gênero: Comédia
Duração: 95 min. P&B
Nenhuma outra fita do gênero brincou tão explicitamente com as labaredas da carnavalização, provocando a mais expressiva vitória simbólica do popular sobre o culto, da farsa sobre o épico, do esculacho sobre o solene e, como diria o professor Xenofontes, de Dionísio sobre Apolo, já consignada numa chanchada.
Xenofontes era um professor de mitologia grega, interpretado por Oscarito. Ele aparece pela primeira vez dando uma aula sobre o filósofo grego Zenão num colégio chamado Atenas. A molecagem, portanto, já começava na escolha do filósofo. Para o estóico Zenão, a finalidade suprema da vida não era o prazer, mas a virtude e a beatitude. Filósofo menos carnavalesco que Zenão impossível. No meio da aula, uma das alunas lança uma inesperada pergunta sobre Eros, a divindade grega do amor. O ajuizado Xenfontes quase perde o rebolado. Durante o resto do filme, Momo e Eros juntam suas forças para tirar do sério não apenas o professor bem como o projeto de um épico carnavalesco sobre a guerra de Tróia, acalentado por um produtor cujas aspirações artísticas não combinam com o seu nome: Cecílio B. de Milho (Renato Restier), paródia do famoso diretor de Holywood, Cecil B. de Mille.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Filme do dia 11/07/09
Aviso aos Navegantes
Brasil, 1950
Dir. Watson Macedo
Gênero: Musical
Duração: 113 min. P&B
Watson Macedo se inspira numa vertente de comédias que remonta aos irmãos Marx (vide Os quatro batutas/Monkey business, 1931) que estava em voga na segunda metade dos anos 40, através de Cante-me teus amores (Sing your way home, 1945), Transatlântico de Luxo (Luxury liner, 1948). No cinema argentino, ela já havia dado cria catorze anos antes, em La muchachada de a bordo.
Numa casual homenagem ao pioneirismo do chanchadeiro portenho Manuel Romero, o transatlântico de Aviso aos navegantes vinha do rio da Prata. No final de sua rota, o carnaval carioca. “Gosto muito de Buenos Aires mas não posso ficar longe do carnaval”, comenta a personagem de Eliana, fazendo coro com o clandestino Frederico (Oscarito), louco para voltar a morar em Madureira, passear em Niterói e sambar a noite inteira. Em meio a números musicais de Emilinha Borba (Tomara que chova), Jorge Goulart (Sereia de Copacabana) e Quatro Ases e Um Coringa (Marcha do caracol), entre outros, Anselmo Duarte namorava Eliana, que era cobiçada por um falso príncipe (Ivon Curi), enquanto Grande Otelo ajudava Oscarito a manter-se escondido da tripulação e também longe do alcance das mágicas e dos gestos hipnóticos do professor Scaramouche, interpretado por José Lewgoy.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Mostra Chanchada: carnaval e subversão
O Cineclube Sanatório resgata a Chanchada, gênero cinematográfico tipicamente brasileiro de maior sucesso comercial e popular já visto no país. A Chanchada com seu humor ingênuo, muita música e paródias, lotou os cinemas brasileiros dos anos 30 aos 50, sendo responsável pela criação de um pensamento industrial para o cinema nacional, o que resultou na construção dos estúdios da Atlântida e posteriormente Vera Cruz. As Chanchadas comandadas pelos mestres da subversão Oscarito e Grande Otelo desbancaram os filmes americanos nas bilheterias do país, além de avacalhá-los na telona.
Massacrado pelo Movimento do Cinema Novo e literalmente chupado pela TV nos anos 60, os filmes da Chanchada se esgotam, mas, ressurge na essência da estética do cinema marginal.
Programação:
Sempre às 15:00 / LOCAL: Universidade Tiradentes / Campus do Centro / Bloco A, Sala 8
11/07 Aviso aos Navegantes/1950/ dir.Watson Macedo
18/07 Carnaval Atlântida/1953/ dir. José Carlos Burle
25/07 Mulheres à vista/1959/ dir. J.B Tanko
01/08 Nem Sansão nem Dalila/1954/ dir. Carlos Manga / Logo depois, filme surpresa.
Aviso aos Navegantes
Brasil, 1950
Dir. Watson Macedo
Gênero: Musical
Duração: 113 min. P&B
Carnaval Atlântida
Brasil, 1953
Direção: José Carlos Burle
País: Brasil
Gênero: Comédia
Duração: 95 min. P&B
Mulheres à vista
Brasil, 1959
Dir. J.B Tanko
Gênero: Comédia
Duração: 100 min. P&B
Nem Sansão Nem Dalila
Brasil, 1954
Dir. Carlos Manga
Gênero: Comédia
Duração: 88 min. P&B